15 setembro 2011

"Os Mistérios da Pedra Lavrada Parte 3" A tese de Baraldi,conheça a maravilha que temos em nossa cidade!!!


A tese de Baraldi e a conclusão desse autor
(Parte III de III)
A pedra lavrada do Ingá é um dos mais estranhos monumentos arqueológicos
que encontrei em minhas viagens pelo interior do Brasil.
Por J. A. FONSECA*
De Ingá-PB
Para Via Fanzine & UFOVIA


O autor J.A. Fonseca na Pedra do Ingá.



 Os estudos avançados de Gabriele Baraldi

Inegavelmente, as pesquisas de Gabriele Baraldi no Brasil e, especialmente, na Pedra do Ingá, trouxeram ares novos no estudo da arqueologia brasileira e, apesar de não serem muito bem recebidas pelo academismo oficial, apresentaram novas teorias sobre o obscuro passado de nossa terra.
Em seu livro “Os Hititas Americanos”, com 464 páginas, editado em São Paulo-SP, em 1.997, com tiragem de apenas 500 exemplares (cuja edição o mesmo custeou), desenvolveu uma tese expressiva e ousada, após muitos anos de pesquisa no Brasil e no exterior. Nele, o pesquisador afirma que este monumento paraibano se trata de um documento milenar, escrito em hieróglifos hititas. Segundo Baraldi, esta privilegiada região da Paraíba, em Ingá, guarda dois grandes monumentos arqueológicos de longeva antiguidade: a Pedra do Ingá, propriamente dita, gravada com hieróglifos hititas e a Pedra Arzawa, que fica próximo da anterior, gravada em cuneiformes também hititas. Esta última se destaca na região por causa de sua cor expressivamente dourada e pelas formações em relevo e informes em sua face, os quais foram traduzidos por Baraldi. Foi ele que a intitulou pela terminologia tupi, Araxa-uá, que em sua tradução linear para o português significa Trono do Planalto.

Em seus estudos aprofundados e após fazer inúmeras comparações, o professor Baraldi chegou à conclusão de que havia uma chave mestra para a decifração destes hieróglifos milenares. Após anos de estudos, afirma tê-las finalmente encontrado. Para tanto, procurou fundir tais hieróglifos com a língua tupi, falada pelos autóctones brasileiros. Desta conclusão, elaborou um compêndio de caracteres e seus respectivos significados, que se transformou num verdadeiro dicionário de símbolos hititas que, segundo ele, poderiam ser utilizados na decifração da Pedra do Ingá.
Livro de Gabriele Baraldi
Para Gabriele Baraldi, este monumento arqueológico traz um relato muito antigo e dramático, narrando os terríveis cataclismos que varreram a Terra há cerca de 15.000 anos e como os primitivos brasileiros teriam perecido nessa grande convulsão telúrica. Não seria de se surpreender se disséssemos que tal afirmação jamais viesse ter boa acolhida junto aos meios acadêmicos. E foi exatamente o que aconteceu. Mas, mesmo assim Baraldi sustentou sua tese até o seu falecimento, pois como estudioso e pesquisador apaixonado pelo mito que envolve as civilizações do passado, não poderia jamais omitir-se e deixar de projetar suas idéias muito além das possibilidades comumente aceitas, preferindo alçar vôo no âmbito das utopias e das hipóteses menos lineares, do que sujeitar-se a certos dogmas impostos pelo academismo oficial.

  

O professor Baraldi na Pedra do Ingá, ao lado, o seu legendário livro sobre os hititas americanos.


Este insigne pesquisador, brasileiro por opção, nasceu em San Próspero, Modena, Itália e veio para a América do Sul em 1.950, estabelecendo-se com sua família (pais e irmãos) na Argentina, onde se tornou bacharel em Filosofia e Letras em Buenos Aires. Passando pelo Brasil com o intuito de alcançar posteriormente os EUA, acabou se apaixonando pelos mistérios arqueológicos desta terra e aqui se estabeleceu definitivamente. Tendo viajado por diversos países e estudado civilizações antigas, falava fluentemente quatro idiomas latinos, além de ser escultor, artista plástico e empresário no ramo da prestação de serviços.
Afirmou Baraldi que na América do Sul havia várias cidades perdidas relacionadas com civilizações muito antigas e que, uma delas, era a famosa Ingrejil, no interior da Bahia, que tivera o mérito de descobrir nos idos de 1984. Em suas pesquisas no local encontrou pequenas elevações com formas piramidais e formações regulares de grandes blocos de pedra, cortados e ajustados por intermédio de uma ação deliberada. Segundo o pesquisador, existem pedras sobrepostas à maneira de monumentos solares, menires alinhados, restos de paredes colossais e áreas aplainadas artificialmente, além de muitas pedras cortadas em ângulos retos. Em face disto, sugeriu Baraldi, que Ingregil poderia ser tão antiga quanto os monumentos arqueológicos provenientes da cultura Inca.
Em 1988 encontrou a Pedra do Ingá que o deixou excepcionalmente entusiasmado, em mesmo tempo que, perturbado, por causa de sua estranha mensagem petroglífica. Iniciou então suas pesquisas e ao analisar mais detidamente suas insculturas, logo sugeriu que se tratavam de hieróglifos hititas. Afirmou textualmente que a Pedra do Ingá se constituía de uma prova documental de que teria havido uma civilização muito desenvolvida no passado mais antigo do Brasil. A partir de então, começou a buscar uma forma de decifrá-la, comparando seus caracteres com os encontrados na Turquia, antiga Anatólia, terra dos hititas, por ter encontrado certas semelhanças importantes entre estes e os da pedra paraibana.
Em seus estudos desenvolveu uma tese de que o antigo idioma brasileiro tupi corresponderia à escrita hieroglífica da Pedra do Ingá, grafada em caracteres universais, a qual, ele decidiu chamar de linguagem protohitita. Para o perspicaz pesquisador Baraldi, o idioma tupi era uma língua quase universal, uma vez que se assemelhava a diversos outros idiomas do chamado “Velho Mundo”, que também possuíam signos relacionados ao alfabeto primevo, universal. Comparando seus vocábulos com a escrita dos povos hititas e utilizando-se do “corpus epigráfico” do francês Emmanuel Laroche, do italiano Merigi e do alemão Guterbock para fazer suas análises, concluiu que o idioma tupi se tratava de um idioma chave, de caráter também universal, o qual, já seria falado na extinta Atlântida, há cerca de 50.000 anos. Foi assim que chamou então este idioma falado no Brasil de protohitita, ou seja, esta seria a língua, através da qual, teria se originado o hitita, falado na antiga Anatólia. A título de exemplificação incluímos abaixo tabela com alguns dos inúmeros signos identificados por Baraldi na Pedra do Ingá, relacionados ao protohitita ou tupi antigo, idioma do povo atlante.

Como as insculturas do Ingá se tratam de signos perfeitamente incrustados na rocha, com primorosa feitura e acabamento, Baraldi acreditava que eles foram gravados através de moldes. Segundo o pesquisador, da mesma forma que os hititas, estes povos também controlavam a energia geotérmica e para produzir o efeito dos moldes sobre a pedra teriam se utilizado da alta pressão mecânica e térmica a partir da canalização da lava de um vulcão extinto. Para ele a Pedra do Ingá fazia parte de um colossal monumento hitita e que sua posição atual está invertida, como se uma grande força a tivesse virado e colocado nesta posição. Por isto, seus caracteres teriam de ser analisados de forma invertida e da direita para a esquerda, para que pudessem ser compreendidos integralmente.
Na sua ânsia de desbravar mistérios e utilizando-se deste mesmo idioma, primogenitamente universal, o protohitita, decidiu ir mais além. Seguindo suas convicções, traduziu outros valiosos documentos históricos de conteúdo ainda desconhecido, como, por exemplo, o misterioso Disco de Phaestos que foi descoberto em Creta, na Grécia, no ano de 1908, contendo signos semelhantes aos encontrados na Pedra do Ingá; as inscrições do ídolo de Fawcett; os caracteres de uma placa pré-incaica descoberta no Equador; e de muitos outros documentos arqueológicos ainda não decifrados até o momento.
Chegou até mesmo a afirmar que, entre os hieróglifos hititas e protohititas, encontrou signos semelhantes aos gravados numa placa metálica que teria sido encontrada no interior do UFO acidentado em Roswell, nos EUA, em 1947. Apoiando-se em suas pesquisas e convicções alicerçadas no conhecimento e na ousadia de desbravador de mistérios, afirmou, finalmente, que a língua protohitita seria uma espécie de esperanto cósmico que teria vindo do espaço exterior e se estabelecido na Terra em um passado desconhecido. Afirmou ainda que existem muitas semelhanças entre os caracteres insculpidos na Pedra do Ingá e os que podem ser vistos em outras partes do Brasil, assim como, em relação às famosas inscrições “rongo-rongo” da Ilha de Páscoa e de algumas regiões da Índia.
As idéias propostas por Gabriele Baraldi são evidentemente ousadas, mas fundamentadas em estudos sérios e comparações consistentes. Seria, portanto, difícil para qualquer pesquisador atento descartar as propostas levantadas em seu livro “Os Hititas Americanos” ou relegar a um plano secundário o resultado de seus árduos estudos no Brasil. Em face do elevado grau de dificuldade em que se encontram os estudiosos diante do mistério do Ingá, gostaria de sugerir que estes se utilizassem das conclusões deste iminente pesquisador e venham persistir na busca de explicações para a enigmática simbologia incrustada neste monumento arqueológico, uma vez que este não pode ser simplesmente ignorado ou classificado ao lado de outras manifestações primitivas no Brasil, evidentemente, relacionadas a pequenos agrupamentos humanos em estágios primários de evolução.
A opinião do autor deste artigo
Como vimos, em geral, existem duas vertentes que têm sido comumente adotadas pelos pesquisadores quando tratam das inscrições rupestres encontradas no Brasil:
·   uma que admite que estas foram produzidas por visitantes estrangeiros como egípcios, gregos, fenícios, hebreus, chineses, etc., em visita e exploração a estas terras em passado longínquo;
·   uma outra, que admite que tais inscrições se tratem de registros de povos autóctones que os produziram sem nenhuma intenção ou orientação racional, sendo apenas resultado da ociosidade dos membros de suas sociedades, de forma continuada e por sucessivas gerações.
No caso específico da Pedra do Ingá ousaríamos emitir uma outra hipótese, em parte, já adotada por eminentes estudiosos no Brasil: a de que alguns destes registros, bem concatenados, estejam relacionados a uma antiga civilização, desaparecida há milênios, que teria se dirigido para um “outro mundo” e deixado ali gravado, ao seu belo gosto e segundo seus conhecimentos técnicos e filosóficos, uma indicação de sua presença que poderia ser, no futuro, decifrada por homens de ciência e de fé.

Inscrições no leito do rio Ingá ainda não decifrados

Em nossas pesquisas sobre os enigmáticos caracteres encontrados no Brasil, destacamos os da Pedra do Ingá e sabemos de antemão, que é assunto de conotações complexas, sendo, portanto, excepcionalmente difícil compreender sua presença em território brasileiro ou seu conteúdo simbólico, integralmente.
Entretanto, não podemos negar que em toda a sua extensão ela foi “trabalhada” com maestria, parecendo ter sido “lavrada” para em seguida lhe serem aplicados, em baixo relevo, uma grande variedade de símbolos de tamanhos e expressões variados, artisticamente entalhados. A impressão que temos quando a observamos é que, de alguma forma, ela teria sido amolecida e as figuras que ali se acham gravadas teriam sido moldadas em seu dorso, da mesma forma como podemos ajustar um objeto sobre uma placa de argila úmida, deixando gravar seus contornos profundos e precisos.
Em geral, quando os pesquisadores examinam a Pedra do Ingá, tendem a afirmar que os símbolos gravados em seu dorso foram produzidos por povos primitivos que, se utilizaram de ferramentas rudimentares ou pedras pontiagudas para executar seu trabalho. Em nossas observações in loco, preferimos acreditar em uma outra hipótese que passamos a alimentar em nosso íntimo sobre a gravação destas misteriosas figuras.
Quando era jovem, trabalhava com meu pai numa fundição de sua propriedade, fabricando peças de alumínio e o trabalho era feito através de moldes aplicados em terra úmida. Meu pai me ensinara a fazer as peças em caixas de madeira, ajustadas umas às outras, onde eram moldadas e depois fundidas com alumínio líquido. Quando colocávamos o molde na terra e a socávamos para esta compactar-se em volta dele, sua forma ficava ali estampada, perfeitamente recortada e sem arestas, como uma cópia fiel do modelo utilizado. Perplexo, verifiquei que as insculturas da Pedra do Ingá se assemelhavam grandemente a este processo de produzir moldes bem acabados, sem arestas e perfeitamente moldados.
Paralelamente, lembrei-me que havia lido sobre uma história contada pelos antigos Incas, na qual, relatavam que seus “engenheiros construtores” possuíam uma estranha fórmula que permitia o amolecimento da pedra e dos metais, para trabalhá-los em seguida e molda-los à sua vontade. Segundo diziam, havia uma planta que produzia uma espécie de sumo com o qual os artífices trabalhavam, fazendo com que a pedra e o metal tomassem consistência de barro, quando então, poderiam ser moldados segundo o gosto de seu manipulador.
Observando os signos moldados no monólito do Ingá, passei a acreditar que estes somente poderiam ser sido elaborados se a pedra estivesse amolecida, como barro, de forma que pudesse receber os contornos tão bem delineados e sem arestas, ali reproduzidos. Somente através de uma técnica bem estruturada, pensei, poderia aqueles caracteres ganhar seus perfeitos contornos e perenizar sua mensagem, conforme o desejo de seus idealizadores e artífices.
Examinando detidamente suas figuras e pontos capsulares fiquei ainda mais convencido desta hipótese, pois o que tínhamos diante de nossos olhos não poderia ser tratado da mesma forma que as muitas outras obras líticas encontradas no Brasil e no mundo. Os pontos capsulares lembravam-me depressões produzidas por bolinhas de gude colocadas de forma justaposta sobre a argila, ou se os imprimíssemos sucessivamente, segundo o número de pontos que desejássemos. Percebemos que o resultado deste experimento se mostrava tão semelhante ao que víamos gravado na Pedra do Ingá, que passamos a reforçar nossa idéia de que aqueles signos também pudessem ter sido produzidos por intermédio de moldes pré-fabricados, impressos na pedra mole.
Como pode ser notado por quem quer que deste monumento se aproxime e, ao contrário de outras insculturas em pedra, abundantemente encontradas no Brasil, o acabamento das figuras do Ingá é perfeito, sem arestas e com contornos retilíneos, difíceis de serem conseguidos através de uma execução manual ou através de instrumentos primitivos. Verificamos que estes são exatos, sem rebarbas ou quebras provenientes de um trabalho executado sob ação de ferramentas cortantes, pedras ou outro instrumento de corte que tivesse sido utilizado neste empreendimento.
É provável que o monólito do Ingá seja o mais importante “documento” pré-histórico do Brasil, pois sua presença no interior inóspito do nordeste brasileiro já tem causado muitos desconfortos junto aos pesquisadores, obrigando-os a tratarem-na com cuidado especial.
Apesar disto, os arqueólogos ainda não se manifestaram objetivamente para explicar a origem deste gigantesco e excêntrico painel de símbolos em pleno nordeste brasileiro, que continua desafiando o tempo, a tecnologia e a argúcia destes estudiosos.
Pela profusão de símbolos contidos neste painel temos a impressão de que seus autores pretenderam transmitir uma idéia ou uma linguagem específica de seu tempo e que seu conteúdo lítico pode ser conhecido, por intermédio de um código, ocultado, propositadamente, junto de seus contornos estilizados.
Alguns pesquisadores concordam que os sinais gravados em Ingá possam tratar-se de uma elaborada escrita secular, que teria sido gravada para perenizar eventos de grande importância. Chegou-se mesmo a compará-la com a escrita da Ilha de Páscoa, os famosos caracteres “rongo-rongo”, pela semelhança de vários signos encontrados em ambas as localidades. De fato, há muitas semelhanças entre estes caracteres brasileiros e os pascoanos, podendo-se dizer que ambos poderiam ter sido originados de uma mesma raça. Para efeito de comparação, este autor elaborou o quadro abaixo procurando comparar estes signos, apontando certas semelhanças em muitos deles.

Nas proximidades do monólito ingaense, podem ser encontrados outros registros rupestres e curiosas formações rochosas. Na base que forma o seu piso, por exemplo, podem ser observadas pequenas depressões já desgastadas pelo tempo, formando uma espécie de painel de formas estelares, o qual foi batizado com o sugestivo nome de “tábua astronômica”. Neste painel pode ser visto um conjunto de pontos capsulares e signos esparsos, parecendo estar ligados entre si, como estrelas numa constelação. Alguns autores associam este painel estelar à constelação de Orion e fazem ligações entre seus pontos capsulares e seus signos, mostrando uma figura expressivamente curiosa. Inspirado nestes estudos o autor desenvolveu também um breve estudo (veja ilustração abaixo) relacionando os pontos capsulares do painel do piso com a referida constelação, considerando que a forma sinuosa ali gravada estaria relacionada com as três estrelas centrais, conhecidas como Três Marias ou Cinturão de Orion.
Quanto ao painel das incríveis figuras do Ingá podemos não compreender ainda o seu significado pleno, porém, seu conjunto, harmonia e justaposição de ícones, conduzem-nos a atribuir-lhe uma classificação privilegiada, considerando sua estrutura fundamentada numa certa lógica e na intenção de seus autores. Consideramos ser inadmissível que vejamos estes registros apenas como um conjunto de símbolos desconexos, produzidos ao acaso ou gravados aleatoriamente sem um critério pré-estabelecido, só pelo fato de não termos ainda conseguido compreendê-los, mesmo que parcialmente.
Pode ser que não nos queiramos ater à sua complexidade instigante e que pretendamos até mesmo ignorar sua incômoda presença na região inóspita do sertão paraibano. Porém, não seria razoável que os queiramos comparar aos inúmeros rabiscos desconexos que podem ser encontrados em rochas e cavernas por todo o território brasileiro, os quais, certamente, teriam sido produzidos por homens primitivos, segundo sua vontade e meios disponíveis.

Constelação de Orion e proposta deste autor para os signos em Ingá.

Quando nos decidimos emitir nossa opinião sobre a Pedra do Ingá, nós o fizemos sob fundamentos em observações in loco e apoiados nos “achados arqueológicos”, fora do tempo, que têm sido encontrados por toda a face da Terra. Isto, por si só, vem servir de firme apoio ao nosso pensamento, no sentido de nos permitir imaginar que também aqui no Brasil, podem ser encontradas obras remanescentes de um pretérito longínquo, que pode, perfeitamente, não se coadunar muito bem com a história que queremos seja oficializada sobre este mesmo passado.
Tais observações podem configurar-se como algo insólito demais diante dos pesquisadores ou até mesmo de formas excessivamente perturbadoras, mas sua existência, pura e simples, obrigam-nos a admitir que existem muitas outras hipóteses que não aquelas que são ferreamente sustentadas por certos segmentos do conhecimento tradicional.
Reportando aos “achados” retrocitados e para auxiliar-nos em o nosso pensamento e encerrar esta nossa exposição, queremos citar o pesquisador norte-americano David Hatcher Children e seu livro A Incrível Tecnologia dos Antigos, onde apresenta certas descobertas incômodas para os pesquisadores. Uma delas, fala de um fragmento de feldspato retirado da mina de Abbey, Nevada, em novembro de 1869, do tamanho de um punho humano, que continha em seu interior um parafuso metálico de uns 5 cm, que teria a idade de alguns milhões de anos. O autor citado menciona que “os arquivos históricos estão repletos de relatos estranhos sobre objetos inexplicáveis” encontrados em diversos lugares da Terra.
O terraço de Baalbek, próximo a Beirute, por exemplo, é uma prova insofismável de que nosso passado vem ocultando algo de relevante importância para a compreensão da história da raça humana. Conforme explica, uma parte deste terraço é constituído por três grandes blocos de pedra, cortados, lavrados e ajustados de forma justaposta, os quais, especialistas mais conservadores avaliaram ter um peso individual de cerca de 750 toneladas cada um. E o que é mais surpreendente é que estes monumentais megálitos foram levantados cerca de 6 metros para que pudessem apoiar-se sobre outros blocos de pedra colossais, com cerca de 50 toneladas cada um. Não é algo espantoso demais para uma raça que teria vivido há milhares de anos e sem uma tecnologia específica?
E quanto aos incríveis monumentos pétreos e construções com seus cortes e ajustes de precisão inacreditável nas fortalezas Incas, como Sacsayhaman, Tiahuanaco e outras estruturas megalíticas desta região?
Não devemos nos estender em outras citações que, certamente, se perderiam numa relação interminável e não é esta nossa intenção. Queremos apenas mostrar que existe muita coisa a ser explicada sobre a história da raça humana, incluindo aí, a misteriosa simbologia da Pedra do Ingá que, certamente, estaria relacionada a um desses tempos mais remotos e desconhecidos de nossa história.
É nosso pensamento que a resistência em aceitar que tenha havido uma grande civilização no passado mais remoto da Terra, mais confunde do que explica a teoria da evolução humana e não pode justificar a contento os milhares de objetos e construções colossais que têm sido encontrados regularmente em todos os recantos de nosso planeta.

*J.A. Fonseca é economista, aposentado, escritor, conferencista, estudioso de filosofia esotérica e pesquisador arqueológico, já tendo visitado diversas regiões do Brasil. É presidente da associação Fraternidade Teúrgica do Sol em Barra do Garças–MT, articulista do jornal eletrônico Via Fanzine (www.viafanzine.jor.br) e membro do Conselho Editorial do portal UFOVIA.
 
Bibliografia:
·   Baraldi, Gabriele D’Anunzio, Os Hititas Americanos, Editora Imega Instituto de Cultura Megalítica, São Paulo, 1997;
·   Brito, Gilvan de, Viagem ao DesconhecidoOs Segredos da Pedra do Ingá, Centro Gráfico do Senado Federal, Brasília, 1993;
·   Faria, Francisco C. Pessoa, Os Astrônomos Pré-históricos do Ingá, Ibrasa - Instituto Brasileiro de Difusão Cultural Ltda., São Paulo, 1987;
·   Galdino, Luiz, Itacoatiaras – Uma Pré-história da Arte no Brasil, Editora Rios, São Paulo, 1988;
·   Revistas Planeta.

- Fotos e ilustrações: J.A. Fonseca.
- Produção: Pepe Chaves.

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